Apr 27, 2007

real life 2.0 draft

- web 2.0 , 3.0 , 4.0
- conceitos
- conceitos são úteis
- 2.0 - colaboração
- 3.0 - aperfeiçoamento
- 4.0 - viagem total
- Se na web tá assim, nossa vida real tb deveria seguir este modelo
- Costumamos fazer dentro das oportunidades q surgem
- Mas hoje oportunidades temos de sobra
- E creio que atualmente, de tantas oportunidades, temos q saber filtrar (web 3.0)
- Fazer o que se quer
- Fazer o que se gosta
- Filtrar o que se quer
- Ser mais vc (viu Ana Maria)

Apr 24, 2007

Tava lendo alguns textos antigos.. de um, dois, três anos atrás. Ao mesmo tempo que bate um sentimento de melancolia, uma pequena agonia e uma simples vontade de chorar (chorar por pensar.. "pô, passei por tudo isso!"), bate uma alegria de querer ver o amanhã - antes relutava, de querer ver o que ninguém pode ver - antes eu ofuscava, de andar em direção à névoa que cobre o próximo amanhecer - antes eu voltava pra debaixo da coberta.... É bom perceber este crescimento. É um dos pontos que mais me motivam viver. Este evoluir, este crescer...

Tenho 1,65
Já tive 1,30
Em alguns instantes fui pra 2,00
Quem sabe até 2,15. Não sei.
Mas hoje tenho 1,65.
E estou mais certo que amanhã terei 1,66
E depois 1,67
E 1,68
1,69
...

Apr 20, 2007

sexta

trim trim
tocou o celular
era lisossomo
pedindo pra mitocôndria respirar
caso contrário
Golgi iria se desesperar

Apr 19, 2007

CRACK!!!

CRACK!!! Foi o que eu ouvi quando dei um passo adiante. Tinha acabado de matar um caramujo. Coitado. Devia estar faz horas querendo passar a calçada que separa dois canteiros. Fora o segundo em 3 dias.

"Pessoal, tomem cuidado, façam isso a noite, quando tem menos pessoas"avisei o restante da turma, que deveria estar lentamente vivendo, em algum canto dos dois canteiros. A cada três passos repetia a frase, para garantir que todos ouvissem.

Vamos ver se funciona.

update: Passei lá novamente, e olhei três caramujos intactos, quase atingindo um dos lados do canteiro. Acho que eles não me ouviram. Ou então eu não vi eles antes e eles estavam fugindo pro canteiro (após meu aviso), pois era dia. De qualquer forma, nenhum estava morto...

Apr 17, 2007

but it did happen..

Eu sempre achei o filme Magnólia um dos melhores da minha vida. Eu sei que é complicado escolher O melhor filme, pois isso é muito subjetivo. Mas sempre imaginei que, se num programa de TV, num sofá da intimidade da Xuxa, me perguntassem, antes da fatídica pergunta "Mathias por Mathias", qual é meu filme preferido, falaria Magnólia. Não sei o que me atrai tanto no filme. Acho que, além de toda a parte técnica do filme, a mensagem de que nada é por acaso, e que as coisas acontecem sem sabermos o porque.

Hoje estava no trabalho, e pela primeira vez em 2 anos, não quis almoçar. Tinha um sanduíche natural preparado por mamãe, e decidi ficar na minha mesa comendo, pois tinha que terminar algumas atividades. Estas atividades porém não exigiam muito tempo, o que me permitia ir almoçar sem problema nenhum. Mas não sei bem porquê, fiquei. Lembro até que quando estava vindo ao trabalho, às 7 da manhã, pensei comigo: "Hoje não vou almoçar, tenho sanduíche, ficarei relaxando na minha mesa". Enfim, fiquei.

Nisso aparece a pessoa da limpeza (Janete) e sempre conversamos sobre tudo e nada, coisas genéricas da vida, e damos boas gargalhadas (ela ri de tudo, imagina se não me identifiquei). Enquanto conversava, metade do meu cérebro estava pensando em outros assuntos, relacionados ao trabalho principalmente. E estava encucado com algumas questões que não entendia muito bem, mas que eu enxergava de uma maneira dura, que me fazia sofrer sem entender.

Conversa vai e vem de um lado, pensamento ruim de outro. E ficamos assim até que chegou num ponto da conversa em que ela queria fazer enfermagem, que adorava ajudar os outros. Comentei que não aguentaria, pois odeio sangue, ver pessoas sofrendo, não era para mim. Na lata, sem pestanejar, ela comenta:

"Você sofre porque vê sofrimento"

Pronto, era o que eu precisava para unificar meu cérebro. Toda a dúvida, os pensamento ruins, o sofrimento sobre algo que não entendia muito bem no trabalho pareciam não me martirizar mais. "Por que vejo sofrimento?", questionei-me sem sucesso. E enquanto não respondesse essa pergunta, ficaria tranquilo. Não sei se a duração dessa tranquilidade será instantânea, mas que essa simples frase me ajudou, ajudou. E do outro lado do cérebro, a que mantinha a conversa com a Janete, se apoderou de toda a mente, e o interesse por cada vez mais conversar com ela foi aumentando.

Cérebro organizado, Mathias mais sorridente nesta terça-feira.

But it did happen.

resisti.. resisti..

.. resisti... resisti.. e não cliquei no link "saiba como encontrar seu par ideal"

Apr 16, 2007

pense

Hoje, confabulando com dois amigos de trabalho, visualizamos algo que nunca tinha parado para pensar. Bem besta mesmo. Bom, faça você também:
- Imagine um corredor
- Imagine alguém de bunda de fora, de quatro, no final do corredor
- Imagine outro alguém de quatro, de bunda de fora também, logo atrás do primeiro
- E assim vá imaginando, quantas pessoas quiser.
- O último da fila é o único que dá para ver, se você está no começo deste corredor
- Agora imagine um negão no começo do corredor, com o motumbo de fora...

Pronto.. agora fiquem com a expressão, pois eu já me levantei, coloquei minhas calças e sai correndo deste corredor...

"Tirei o meu da reta"

Apr 10, 2007

não sou assim...

Devendra... não sei qual a magia,o mecanismo, o raciocínio que sustenta suas canções. É algo para ouvir e se conformar. Se conformar que é assim, que não temos ação sobre o mundo. Acontece por acontecer. É uma música sábia. E de sabiá! Suas letras sobre a natureza, em tom de observação, demonstram muito conhecimento. Parece que, aos 26 anos, ele já sabe como viver a confusão que é a vida, sabe qual a melhor forma de se relacionar com ela. "Put me in your suitcase, let me help you pack, Cuz you're never coming back, no you're never coming back" cantada num tom de conformação, me passa uma segurança tão grande sobre os sentimentos, que me faz querer chorar e pensar "Porra cara, não cante assim, chore, fique com raiva, ninguém é tão maduro assim". Talvez ele seja.Digo isso pois esta sabedoria se repete e se repete ao longo de suas canções. Não sei o que ele viveu, o que ele passou, o que ele sentiu, o quanto ele sofreu mas com certeza um amadurecimento precoce aconteceu. Sempre o visualizo cantando como se fosse uma árvore. Ele, no meio de uma floresta, observando o mundo e cantarolando para si mesmo. Ele não quer interferir em nada, apenas quer observar. Assitir. Perdoar. E eu quero abraçá-lo. Talvez por pena. Não que ele está exigindo de nós ouvintes um sentimento de pena, apenas porque temos o costume de sentir pena por quem sofre. Ele sofre, mas sabe lidar bem com tudo isso, e não há necessidade de um Mathias abraçá-lo. Talvez o único motivo coerente de eu querer isso seja "tenha pena de mim" ou "me ensina a ser assim, pois eu sofro também mas minha reação é outra" ou então "Porra cara, não cante assim, chore, fique com raiva, ninguém é tão maduro assim. EU NÃO SOU ASSIM."... Lindamente triste e forte

Apr 2, 2007

lembranças#2

No final daquele canto, todos começavam seus movimentos automáticos rumo aos bancos, como de costume. Se aprenderam este movimento desde criança, qual a verdadeira importância deste gesto, o porquê de anteriormente ficar em pé, o porquê de todas estas regras, nada disso passava pela mente daqueles fiéis. O que realmente importava para eles era a força que recebiam ao se submeterem àquele ritual. O que não podemos negar que para a grande maioria é verdade. Intrigado com aquela cena, vendo todos se abaixando, resolvi me testar. Resolvi ficar em pé, não sei bem explicar por que. Talvez para tentar me livrar das influências de todo um grupo, talvez para provar para mim mesmo que não é necessária tal submissão para me sentir recarregado com as forças divinas, talvez simplesmente para fazer daquela situação algo divertido, lúdico. A cada segundo que passava, maior era o número de pessoas sentadas, e maior era a força da gravidade sobre o meu corpo. Tentei resistir. Quando percebi que estavam todos sentados, o peso sobre meu corpo era colossal. Sento ou não sento, era tudo que eu pensava. Sento ou sento, era o que me dominava. O que quase me derrubou foram aqueles olhares vizinhos a mim, me condenando ao inferno, dizendo ao pé de meu ouvido “ou você senta ou você irá ser castigado por Ele”, o que me fez desviar o olhar para qualquer lugar exceto àqueles maus olhares. Desisto, foi o que veio em mente. Mas naquele intervalo entre o pensar e o agir, veio a salvação. Mais ou menos a uns 15 metros atrás de onde estava, um velha senhora se encontrava como eu, ereta. Bom, nem preciso dizer que aquilo me confortou e dentro de mim surgiu uma força que impediu que aquele pensamento de rendição se espalhasse por todos os músculos, como um câncer em período terminal.”Se ela, uma velha senhora, que no mínimo deve vir aqui 2 vezes ao dia, pode, eu também tenho todo este direito”. Sorri...
...E fiquei lá, em pé, orgulhoso. Se antes ficava olhando para o teto daquele templo para evitar olhares, agora mirava com gosto para os vizinhos, desafiando-os como quem diz “pelo menos não sou um maria vai com as outras, estou aqui firme e forte, e assim continuarei”. Naquele instante nem passou pela minha cabeça que na verdade estava sendo uma maria, talvez este pensamento faria desmoronar toda aquela barreira. Passei então a analisar por que diabos aquela mulher se encontra também naquela posição. Será que ela está na mesma situação que eu, querendo provar para si mesmo que consegue viver sem a influência de ninguém? Será que ela tem problemas físicos que a impedem de sentar, pois ainda não tinha a visto desde o momento que cheguei à missa. Será que ela, mesmo com mais ou menos 80 anos, não aprendeu que devemos sentar após aquele canto tão conhecido? Será que ela está apenas sendo solidária comigo, ou melhor, será que ela ganha forças para continuar em pé ao me ver aqui apoiado sobre as duas pernas, assim como eu também ganho forças ao ver ela, como naquelas relações que aprendíamos nas aulas de biologia, simbiose, se não me engano. Foi neste instante, nesta busca de respostas, que meus olhos fixam os seus olhos. Porém, os olhos da velha senhora não se fixam aos meus, pois estavam fechados. E um turbilhão de pensamentos tomam conta de mim, novamente. Será que assim, de olhos fechados, é mais fácil suportar esta difícil missão de ficar em pé, no meio de tanta gente sentada te condenando? Será que ela está tão compenetrada em seus pensamentos, rezando, pedindo a Deus para que seu marido se recupere de uma doença terrível, que se esqueceu de sentar? Ou será que ela não está nem aí para nada, apenas quer aparentar uma figura mais bizarra que eu, que além de ficar em pé quando não se deve, ainda fecha os olhos num gesto audacioso e displicente...
...Pensei por um instante em fechar meus olhos porque a barreira que antes era de aço, transformou-se em uma de papelão, afinal já tinham se passados longos 2 ou 3 minutos desde o final da cantoria. Agora até o padre já desviava o olhar para mim e para a velha senhora. Não sei se era um olhar de compreensão ou de condenação. Tentava acreditar na primeira opção, para ter coragem de continuar como estava. Mas não adiantou muito, a barreira desapareceu e num último gesto de desespero, comecei a esticar as pálpebras, a exemplo daquela velha senhora. Mas acabei por desistir de fechar os olhos quando vejo as pálpebras da velha senhora se encolherem, revelando seus olhos. Ela, parecendo assustada, olhou em toda a sua volta e não hesitou, apenas sentou. Sentei, procurando algum objeto inexistente em minha mochila.

lembranças#1

deve existir uma combinação dos infinitos fatores do universo que faça com que meus lábios encostem nos teus.
e deve exigir um esforço colossal para ter este cenáriomas eu teria... eu queria saber... eu queria ter

saber como olhar pra você
saber como gesticular com você
saber o que falar para você
saber em que posição o Sol deve estar
saber que roupa utilizar
saber como deverá estar o nível da maré
saber em que ponto da órbita saturno deverá estar
saber quantas folhas deverão cair da árvore que está plantada atrás da casa daquela pessoa que irei conhecer por acaso numa fila de banco

se for muito saber, troco por apenas um
saber o que você sabe quando olha para mim