Sep 19, 2005

ei uáxinnn maxiinnnnããã

"Vou lavar minhas mãos e já volto.". Foram as palavras que ele ouviu com quase nenhuma atenção. Estava mesmo preocupado era com seu mau hálito, e já estava com a mão enfiada no bolso da calça, tateando tudo o que lá havia até seu cérebro concluir: "prontinho, você acabou de achar o chiclete!". Com a embalagem na mão, pôde perceber que havia apenas mais um chiclete. Já foi desembrulhando-o e como de costume, pensou no egoísmo de estar colocando aquele último chiclete na boca, visto que estava com seu amigo. Geralmente este pensamento aparecia e sumia, e tudo continuava como sempre. Porém desta vez foi diferente, ficou naquele breve tempo passeando pela estrada do raciocínio. Resolveu percorrê-la sem nenhum intuito, nenhum objetivo, apenas queria ver onde isto tudo iria chegar. E assim começou sua viagem. Voltou então ao ponto ao qual havia parado de pensar, no egoísmo. Ele pensou em duas possibilidades: se comesse o chiclete, o amigo iria talvez perceber sua boca mastigando eternamente aquela goma, e isso poderia ser algo não muito confortável, que poderia talvez fazer surgir um sentimento de desaprovação por parte do amigo. E isso obviamente não ecoou bem na mente dele. Resolveu ir para o outro lado da bifurcação. Se não comesse a tal goma, seu hálito continuaria um desastre, e seria um desperdício ter algo para aniquilar aquele odor desagradável e não fazer uso daquilo. Aquilo sim passou pela aprovação dele. Decidido a comer o chiclete, começou a desembrulhar o papel. Quando estava com o chiclete quase todo nu, um novo caminho surgir na estrada. Pensou na possibilidade de dividir, possibilidade esta que já tinha sumido de sua mente fazia tempo, já que sempre a considerava inválida, algo que seu egoísmo destruiu por tempos e tempos. Não se sabe como, veio. Pensou em inspiração divina, talvez. Sei lá. Mas o que mais surpreendeu foi que, ao contrário do que pensava, aquele sentimento de partilha encaixou perfeitamente em sua cabeça e uma sensação de felicidade, de paz, o acolheu naquele momento. Foi estranho para ele, pois sempre ficava triste em ver algo seu pousando na vida dos outros. Mas foi ali, parado, esperando seu amigo, que ele pela primeira vez provou a verdadeira amizade, que o fazia estar mais contente perdendo o pouco que tinha para compartilhar com seu fiel escudeiro. Sorriu, guardando o último chiclete no bolso, para repartí-lo quando seu amigo estivesse presente. Esperou mais uns trinta segundos e seu amigo apareceu. Voltaram a caminhar. E ele todo contente, provou ainda mais alguns segundos daquela boa sensação, antes de externalizá-la oferecendo metade de sua goma para seu amigo. "Quer chiclete?", ofereceu. Antes de seu amgio responder, ele complementou, fazendo ainda um joguinho: "Veja só, só tem um chiclete, quer metade?". O amigo então respondeu "Não, obrigado, eu tenho aqui também!". Pensou por um instante em desapontamento, desilusão, por aquela negação toda, como se algo divino tivesse surgido novamente e dito "Vc ainda é egoísta.". Mas foi só um instante, pois logo depois ficou duplamente feliz. Primeiro porque provou sim a verdadeira amizade, e não haveria nenhuma intervenção divina que o faria pensar o contrário. Segundo porque pode saborear aquele chiclete inteiramente, mascarando aquele hálito coberto de nicotina.

Sep 13, 2005

Minha mão...

está menor que o normal. Sério, eu olhei para ela agora e vi tudo menor. Minhas unhas não eram tão picorruchas assim. Num era mesmo. Meu "mindinhu" é uma versão idêntica, um clone do meu dedo indicador da mão direita, sem claro as unhas comidas, já que como mais as unhas do dedo indicador do que do dedo mínimo. Eu disse mão direita porque o da esquerda é toda deformada. Tive uma infecção quando tinha uns 12 anos que lotou todo o dedo de pus, ai a unha inflou. Com uma agulha, esterilizada claro, furei o dedo e fiz cachoeirinha de pus, parecia aquelas atuais stands de chocolate que tem nos shoppings, com umas cascatas de chocolate, no caso chocolate branco. Quando ela desinchou, a unha já estava retorcida, e nunca mais foi mesma, ficou redonda, um círculo quase que perfeito. Em baixo de todas as unhas minha pele é um pouco mais avermelhada, mais frágil. Não sei porque, talvez seja falta de vitaminas, ou a minha constante ingestão de unhas e agregados faz com que fico tudo meio que infeccionado, fora no "normal". Falta de vitaminas... coisa de hiponcondríaco. "Normal" porque atualmente o normal é ela estar toda assim, um caos. O normal normal mesmo, nem sei mais o que é. Pêlos quase não tenho, pois os poucos que tinham eu queimei com isqueiro, para ficar aquele cheirinho de pão tostado no fogão, é um fedido tão bom. Ai sobraram uns poucos sobreviventes, fruto da minha preguiça em queimar o resto. Preguiça ou misericórdia, ou uma ponta de amor a si próprio. As unhas, a medida que vou roendo, vão obviamente diminuindo de tamanho. Assim elas ficam menores (óhhhh) e a carne acima dela começa e ficar mais visível. O que antes era uma península, com uma ponta no ar, agora é uma ilha, perdida no meio da pele. Mas meu caso não é o pior, existem algumas mãos que têm a unha do dedinho do pé tão pequena que não cresce paralelo à carne, mas sim cresce para cima, é um ponto que vai rumo ao céu, uma reta mesmo. Deixa dez anos crescendo e vira uma antena de TV, VIVA! Ao vivo!. Isso sem mencionar os traços e imperfeições da pele, pois isso é comum para todos, então não iria chamar atenção nenhuma para leitura. Ah, cutículas inexistem, caso alguém lembre. Do outro lado, na palma da mão, tudo sob controle, as linhas estão aparentemente normais e nunca quero ir nestas mulheres que leêm mão (existem homens que leêm as mãos?). Tenho medo. Dobrei o dedinho e descobri que vou ter um filho (uma amiga minha ensinou a técnica). Bom no geral é isto, se alguém quer saber mais detalhes, não hesite em perguntar.
Mas que elas ainda continuam menores, continuam, mesmo depois deste desabafo... sei lá.. meedo...

Sep 5, 2005

Sep 1, 2005

Lesson #1

Nós somos aquilo que pensamos? Ou somos aquilo que falamos? Ou então somos aquele filtro que existe entre o pensar e o falar? Devemos ser julgados através das atitudes que tomamos com base no que pensamos? Ou devemos ser julgados apenas através daquilo que pensamos?Você se sente culpado por pensar em coisas ruins? Ou você só se considera culpado por tomar atitudes ruins? Você pensa "só sou ruim se tomo atitudes maléficas". Mas se você apenas pensou nesse tipo de atitude, isso já não o torna uma pessoa má? Em menor escala, pois você teve a descência de não tomar tal atitude, creio eu, mas nem por isso melhor! Hein hein hein!!!

Tá em dúvida? Talvez meu novo amiguinho ai embaixo ajude...


meu novo amiguinhu

peds... começando a começar

primeiro, segundo, terceiro , quarto ou quinto... ?!?

Have a nice day, your fools...

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Você? Cade você? Apareça por favor...
Eu te peço
O campo está florido, mas sua falta me descontrola
Margaridas sem você
Rosas sem você
Cade você?
Caminho, ando, procuro, olho
E olhando de um lado para outro
Cruzo-me com você
ALELUIA
Lá está você, junto de suas amigas
Mil, milhares, mutias
Belíssimas, impecáveis, vejo-as voar
Uma coreografia sem fim, um espetáculo
E nesta eterna dança, vocês vão colorindo ainda mais o céu azul
E mesmo com sua presença
Não dá, me descontrolo, não aguento, caiu
Destruo algumas flores
Olho para o céu
E choro...

e sobra o pó


Agora sou de vocês, sou vocês e vocês são eu

Agora caminho

Assoprando interrogações, caminho

Sonhar um mundo é viver um outro

Sorrir ao dormir

Sofrer ao viver

Se vivo e sorrio, te ensino como é que se faz

Descanse em paz .. .

Agradeçam à chuva que destruiu todo meu castelo de areia